segunda-feira, 9 de maio de 2011
terça-feira, 13 de abril de 2010
A Falácia da Unidade
Na Galiza nom entendemos a palabra unidade pola sua definiçom do diccionário. Unidade, tem, umha mística religiosa que é o precursor de todos os parabens, e polo outro assimila-se a Uniformidade. A Unidade nom é buscar os pontos em comum e deixar as discrepáncias para um segundo plano, (e sendo conscientes de que existem e seguiram existindo). Unidade é que os demais asuman os meus postulados e integrem-se no meu projecto…
Assim, desde há uns tempos, a fantasma da Unidade percorre o independentismo galego, quando, nem nas quatro famílias existe essa unidade. A soluçom para todos os males do independentismo, é a Unidade. Pero que unidade, e para fazer que? Nom, esso nom importa, som temas secundários, a unidade dara-nos todo. Este tipo de mística, lembra-me demasiado ao cristianismo, todo virá no reino de Deus, no ceu, polo que os problemas do dia a dia nom tenhem importáncia.
O último processo de unidade, nom so foi um erro no seu decorrer, foi um erro em si mesmo, quando nengum dos dous sectores que se unirom queriam nem conheciam o significado da unidade, o que lhes preocupa era deixar fora de jogo a outras forças independentistas (FPG) e agardavam que coma nós somos os únicos que temos a razom, a unidade dara-nos o controlo da nova organizaçom: “O independentismo ten o pouco loable record de exacerbar todas as pesimas practicas do nacionalismo dominante (BNG)”.
E agora escoita-se o ruxe-ruxe de novo da Unidade. Umha unidade nom de trabalho quotidiám nem de objectivos a curto e médio praço, nem de táctica nem de estratégia, (nos objetivos a longo praço todos abstracmente coincidimos: Independência e Socialismo). Onde todas as facçons consideram que eles som os únicos que tenhem a razom e os demais (e em conseqüência quase todo o Povo Gaego) estam errados.
Por isso falo da falacia da Unidade. Queremos comezar as cousas polo telhado, e se alguem opina moi diferente, exclue-se, mas diremos que se auto-exclue, e sempre ajudados pola prepotência dos outros, característica do nacionalismo aborigem.
Com umha militáncia global inferior a 400 pessoas, quando nos últimos 10 anos nom só se retrocedeu cuantitativamente e cualitativamente, quando logo de 4 anos de que o nacionalismo autonomista desaparecesse da rua, fam-nos desaparecer na primeira mobilizaçom que há; quando estamos ilhados nom ja da majoria do Povo, assim mesmo dos sectores mas concienciados e nacionalistas; Com tres facçons cainitas, e outra de ponto intermedio entre nom se sabe quem, o panorama nom da para falar de Unidade, nom da para falar de apresentar candidaturas independentistas nem aos concelhos nem a ningures.
Mentres nom baixemos à realidade; fagamos análises realistas da realidade; e comecemos a reconhecer-mos como parte dum algo comum: Esquerda Independentista?. A ver-nos como parte de algo, onde as diferências sejam valoradas coma novas oportunidades e nom como heregias. A valorar o coincidir, e nom dar tanta importáncia ao nom o fazer. Criar espaços de encontros e/ou potencia-los, que ja há, e ir tentando fórmulas de colaboraçom onde nom pensemos em impor-nos senom em compartir. Onde as majorias se cambiem polos consensos, num processo de aprendizagem onde todas temos que re-aprender a ser majorias e minorias; onde ganhar nom seja sinónimo de machacar e perder de cissom. A partir de ai, poderemos começar a dar-lhe um novo significado na Galiza à palabra Unidade, sinónima de liberdade, de diversidade e independência.
domingo, 29 de novembro de 2009
Sociedade Civil
A apariçom das asociaçons supremacistas espanholas (Galicia Bilingüe, etc…) provocou um fenómeno, ao meu ver, positivo: a fachenda de ser galego falante. O orgulho de falar um idioma e a consciência de faze-lo. Agora nom é algo que aconteze porque si, senom que temos a consciência de faze-lo, o orgulho de empregar o galego, e de nom cambia-lo à mínima para agradar ao interlocutor.
Esta fachenda que se concretou nas duas grandes mobilizaçons do 2009 (o 17 de Maio e o 18 de Outubro). Que mas lá das manifestaçons consegui mobilizar uns milheiros de pessoas de diferentes ideologias a prol do País. Mas todo isso, limitamos-nos a ser uns colonizados, a pregar-lhe à Xunta que apoie o galego coma língua veicular da Galiza. Mas esquezemos que nós tambem somos Sociedade Civil. Esquezemos que nós tambem temos resposabilidade e capacidade de acçom individual mas lá de demandar às instituçons que fagam algo.
Como é possível que se na manifestaçom havia mas de 50000 pessoas, nom exista um jornal em galego, e o único bilíngüe tenha umha tirada de 10.000 exemplares? Está bem demandar-lhe à Xunta que subencione a traduçom de livros ao galego, mas onde está a nosa responsabilidade de mercar essas traduçons? Onde esta a nossa responsabilidade de ler e mercar livros em galego? Onde está a nossa responsabilidade de boicotear todos os establecementos que nom apoiem e/ou promovam o galego?
Mentres segamos colonizados mentalmente, mentres nom assumamos que temos umha responsabilidade pessoal com a nossa Terra e a nossa língua, que vai muito mas lá de manifestarmos duas vezes por ano na sua defesa.
Mentres nom tenhamos a consciência do nosso próprio potencial coma Sociedade Civil, mentres nom sejamos conscientes do nosso potencial económico, entre outros, o espanhol tem-nos ganhado a batalha.