domingo, 29 de novembro de 2009

Sociedade Civil


Galiza é umha colónia, mas nom pola relaçom económica com a metrópoli (Madrid), que tambêm; senom pola sua colonizaçom mental. Ja nom procuramos alternativas nem respostas. Ja nom confiamos em nós mesmos. Agora agardamos ou pedemos-lhe ao Estado que nos solucione as cousas.

A apariçom das asociaçons supremacistas espanholas (Galicia Bilingüe, etc…) provocou um fenómeno, ao meu ver, positivo: a fachenda de ser galego falante. O orgulho de falar um idioma e a consciência de faze-lo. Agora nom é algo que aconteze porque si, senom que temos a consciência de faze-lo, o orgulho de empregar o galego, e de nom cambia-lo à mínima para agradar ao interlocutor.

Esta fachenda que se concretou nas duas grandes mobilizaçons do 2009 (o 17 de Maio e o 18 de Outubro). Que mas lá das manifestaçons consegui mobilizar uns milheiros de pessoas de diferentes ideologias a prol do País. Mas todo isso, limitamos-nos a ser uns colonizados, a pregar-lhe à Xunta que apoie o galego coma língua veicular da Galiza. Mas esquezemos que nós tambem somos Sociedade Civil. Esquezemos que nós tambem temos resposabilidade e capacidade de acçom individual mas lá de demandar às instituçons que fagam algo.

Como é possível que se na manifestaçom havia mas de 50000 pessoas, nom exista um jornal em galego, e o único bilíngüe tenha umha tirada de 10.000 exemplares? Está bem demandar-lhe à Xunta que subencione a traduçom de livros ao galego, mas onde está a nosa responsabilidade de mercar essas traduçons? Onde esta a nossa responsabilidade de ler e mercar livros em galego? Onde está a nossa responsabilidade de boicotear todos os establecementos que nom apoiem e/ou promovam o galego?

Mentres segamos colonizados mentalmente, mentres nom assumamos que temos umha responsabilidade pessoal com a nossa Terra e a nossa língua, que vai muito mas lá de manifestarmos duas vezes por ano na sua defesa.

Mentres nom tenhamos a consciência do nosso próprio potencial coma Sociedade Civil, mentres nom sejamos conscientes do nosso potencial económico, entre outros, o espanhol tem-nos ganhado a batalha.

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